sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Será que ainda dá tempo?

Por Wesley Souza

Caros tricolores tricampeões do mundo e hexacampeões brasileiros, o São Paulo parece decidido a acabar de vez com a dúvida de 1991, onde se questiona se o mesmo caiu ou não, caindo para a segunda divisão do futebol brasileiro.

Primeiramente falando do jogo da 14ª rodada (ainda da série A), o empate em 1x1 com o Altético-PR, este é só mais um resultado ruim para o São Paulo, que está na 19ª colocação do certame nacional. O time até começou bem, atacando e indo pra cima. Abriu o placar e... novamente nosso maior problema. O São Paulo de 2013 faz um e se encolhe, chama o rival, sofre o gol e desaba emocionalmente dentro de campo. Na noite desta quinta-feira não foi diferente. Paulo Baier (imortal) fez de pênalti e deu números finais à partida.

Eu poderia ficar aqui falando falar do segundo tempo, das chances perdidas, de mais um jogo frustrante. Mas vou aproveitar o espaço que o companheiro Felipe Dello me concedeu para ir além e fazer uma pequena análise sobre o momento do clube do Morumbi.

Início de 2013

O Tricolor começou bem o ano. Ganhando as primeiras partidas do Paulistão e jogando pro gasto. Eliminado (mais uma vez na semi) pelo maior rival, voltou os olhos para a Libertadores. E foi aí que degringolou tudo. O São Paulo, já mal, sofreu na mão do Atlético-MG (perdeu aqui e lá) com um treinador que teimava em apostas erradas, como utilizar o Paulo Miranda na lateral sendo que a diretoria trouxe o Caramelo, renovou com Lucas Farias (promessa? Não sei, ele não joga!) e permaneceu com ‘craque’ Douglas (#D23) no elenco. Mas após o (Yes we) CAM e a saída da Libertadores, voltou a se “destacar” outra figura emblemática do São Paulo...

Juju

O (eterno) Presidente mandou embora Ney Franco, trouxe (com toda a sua irreverência) Paulo Autuori e deu mais uma de suas memoráveis coletivas (dignas de Salvador Palaia). Riu, brincou, tirou sarro dos adversários. E nada do resultado aparecer dentro de campo. O treinador mudou, mas o time continuou mal. Juju, por sua vez, parecia não considerar o clima ruim o suficiente. E aí veio o fatídico churrasco...

Churras da Barra Funda

Com o clube em crise, brigas públicas entre o então diretor de futebol Adalberto Batista e o Capitão Ceni, pouco futebol e muito whisky, Juju estava lá soberbo e beberrão. Só que quando alguns são-paulinos foram (no português correto) cobrá-lo pelos resultados em campo, ele esbravejou e, num ato covarde, chamou a ‘torcida organizada’ para bater em seus concorrentes. Cheguei aonde queria, vamos falar dessa ‘torcida’.

Independente?

O São Paulo em plena crise, tipo queda livre mesmo, despencando nas tabelas e perdendo TUDO o que disputou.

O que se esperaria das temidas ‘organizadas’?

Protestos, vaias, pipocas.

Mas não no São Paulo.

O Tricolor é o único clube que tem as organizadas (sim, as duas) do lado do Presidente que é um câncer no clube, um cara que mudou o estatuto para se perpetuar no poder.

É incrível, na hora em que o São Paulo mais precisa, a principal organizada do clube (do qual já fui membro atuante) protege o câncer! A Torcida Tricolor Independente e a Torcida Dragões da Real, infelizmente, não representam mais o São Paulo Futebol Clube. 

No momento das críticas, faixas viradas e de atuar dentro do clube para ajudá-lo a se reestruturar, as duas preferiram o DINHEIRO e quem gosta de dinheiro amigos, é p..., dama da noite.

Espero que entendam esse pequeno desabafo desse Tricolor até a morte, que um dia espera ver o São Paulo de volta no lugar de onde nunca deveria ter saído.

No alto do pódio.