No final do ano passado, ali pela trigésima e sei lá o quê rodada do Brasileirão, um fato muito curioso marcou a luta (frustrada) do Palmeiras contra o rebaixamento.
Antes do início do jogo contra o Cruzeiro, em Araraquara (SP), um dos assessores de imprensa do clube foi visto jogando sal grosso no pé da trave de um dos gols do Estádio da Fonte Luminosa, tão lembrados?
Pois é, o Palmeiras acabou vencendo aquele jogo marcando dois gols exatamente na baliza “abençoada”. O acontecimento foi muito comentado durante dias e, ao que parece, o sal grosso acabou cedo demais.
Mas o Palmeiras não foi o primeiro e nem o último a apostar em superstições no esporte. E alguns casos em especial, valem ser lembrados por aqui.
Um dos mais antigos (e esquisitos) dos qual tenho conhecimento é do lendário Bobby Moore, que tinha de ser o último jogador do time a vestir o calção (?). Martin Peters, seu companheiro de seleção, engraçadão que era, por vezes esperava Bobby colocar o calção e tirava o seu só pra provocá-lo. Nesses casos Bobby tirava de novo o calção e ficava lá de cuecas até Peters vestir-se de novo. Enfim tudo muito gay e muito estranho, mas ele dizia que dava sorte.
O caricato goleiro argentino Sergio Goycochea também tinha sua maluquice superstição. Ele achava que dava sorte mijar no campo antes das disputas de pênaltis (porque, Deus?). É isso mesmo, quando o jogo ia pros pênaltis, ele ia ali pro cantinho da área e mandava uma urinada básica pra dar sorte.
Como você pode imaginar, quando o cara que convertia o pênalti da vitória comemorava se jogando na grama, ficava uma beleza.
Também temos as superstições mais higiênicas, como a do multicampeão técnico de vôlei José Roberto Guimarães, que depois de cada vitória da Seleção nas Olimpíadas, tomava banho vestido (???) pra garantir sorte no jogo seguinte.
Até o momento desta postagem eu busquei encontrar algum sentido pra isso, por mais maluco que fosse. Não encontrei.
E por falar em roupa, pra quem já acha estranha a superstição do romeno Adrian Mutu, que usa sempre a mesma cueca em todos os jogos, o que dizer então de René Higuita, que não se importava em usar outra cueca, desde que ela fosse azul.
Cueca branca não. Cueca preta não. Só azul.
Se bem que, se for comparar isso à “defesa do escorpião”, essa mania nem é tão louca assim.
Aqui no Brasil, um dos caras mais comentados quando o assunto é superstição é o treinador do Atlético-MG Cuca. Entre suas manias estão uma fitinha do Senhor do Bonfim e o hábito de levar uma bola pras entrevistas coletivas (não, não é pra jogar nos jornalistas). Mas com certeza a que se destaca é o “veto à ré”. O ônibus da delegação não pode dar ré pra entrar no estádio. Quando necessário, estaciona antes e o time vai a pé. Tendo em vista os “títulos” que Cuca já conquistou, tenho dúvidas se isso dá tanta sorte assim.
Pra finalizar, deixei por último a superstição mais bizarra da qual já tomei conhecimento na vida, protagonizada pela Seleção Francesa, campeão do mundo em 1998.
“Ah, aquilo do Blanc ter de dar um beijinho na careca do Barthez antes dos jogos? Todo mundo sabe disso...”
Que nada, o beijo do Blanc (apesar de também ser estranho) é milho perto do outro ritual dos caras, relatado até mesmo no site da FIFA, e que você pode conferir aqui.
Antes de subir pro gramado, os caras se reuniam pra ouvir I WILL SURVIVE da Gloria Gaynor sob o pretesto de que dava sorte no jogo (se por acaso sua memória não estiver associando o nome à canção, busque rapidinho no Youtube antes de terminar de ler este post).
Mano, I Will Survive? No vestiário? Que porra de sorte isso pode dar?
Imagina só o Viera, o Desailly e o Thuram abraçados dançando I Will Survive, hahahahahahaha.
"Já falei pra não gritar gol antes porra!" |
E os caras ganharam a Copa. Quer dizer, ainda vão poder dizer que funcionou.
Enfim, cada um escolhe no que acreditar, não é verdade?
Particularmente não acredito em superstições no esporte.