segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Entre outras quatro linhas #33 – Tênis

Senhoras e senhores, ele fez de novo.

Desde que a segunda década dos anos 2000 começou, o Australian Open não sabe o que é ter outro vencedor que não Novak Djokovic.

Neste domingo, numa reedição da final do US Open do ano passado, ele enfrentou o britânico Andy Murray.

Mas ao contrário do que aconteceu nas quadras americanas, Murray não resistiu à força do sérvio e sucumbiu na busca pelo seu segundo Grand Slam.

E olha que quem só viu o começo do jogo, até pensou que poderia ser diferente.

No primeiro set Djokovic errou muito e desperdiçou várias chances de quebra de saque. Murray, fazendo das tripas coração, conseguiu levar o set para o tie-break.

No game decisivo, o nível de erros de Djoko só fez piorar, permitindo assim que Murray abrisse vantagem, fechasse com um 7-2, e marcasse 1x0 no jogo. Já caía por terra a previsão de quem esperava um massacre do sérvio.

No set seguinte as coisas foram diferentes. Djoko parecia mais seguro e até mais forte nas devoluções. Mesmo os momentos em que a auto confiança atrapalhou, dando algumas chances de quebra ao britânico, se converteram em motivação a medida em que estes mesmos break points proporcionados iam sendo salvos.

E em mais um tie-break o resultado foi diferente, 7-3 Djokovic, 1x1 no jogo.

No terceiro set Murray acusou o golpe. Recebeu atendimento médico e não conseguiu manter a intensidade que tinha até então.

Mesmo assim conseguiu confirmar seu serviço até o sexto game.

Djoko sacou no sétimo e fez 4x3. E no oitavo Murray não segurou. Quebra do sérvio que sacou tranquilo no nono game pra fechar em 6x3.

Pro quarto set a expectativa era de saber se Andy Murray poderia se recuperar e voltar a jogar o tênis dos dois primeiros sets. Não pôde. Confirmou seu primeiro saque e depois sofreu duas quebras consecutivas, permitindo assim que Djoko abrisse incríveis 5x1 ao confirmar seu saque no sexto game. Sem fazer força o sérvio “permitiu” que Murray voltasse a confirmar o saque no sétimo game. E com toda a calma do mundo, confirmou seu serviço no oitavo, fechou em 6x2 e levou o tetra do Australian Open.

Para Murray fica a satisfação pelo bom desempenho na competição. Bateu Federer e isso tem de ser valorizado.

Quanto a Djoko, temos de começar a considerar a possibilidade dele, em 2013, conquistar o verdadeiro Grand Slam, no seu sentido original, que consiste em se vencer as quatro grandes competições do mundo no mesmo ano.

Eu não duvido.