A expectativa era grande pelo primeiro jogo da Seleção com Felipão de volta ao comando. Muito se ouvia falar em “ressurreição” do futebol apresentado em 2002 (como se este tivesse sido um primor, mas aí é outra discussão).
Fiquei satisfeito em ver os amistosos que foram marcados pra esse ano.
Mas não porque enfrentaremos grandes seleções.
A estratégia é enfrentar grandes seleções que vivem um momento tão difícil (ou pior) que o nosso. Esperto, não posso negar.
Ontem foi dia do primeiro desafio, a Inglaterra.
E pra galera do “Mundo Encantado da Família Scolari”, já deu pra perceber que ter Felipão no comando por si só, não bastará pra fazer de nós um dos favoritos pra Copa.
O time ontem mostrou uma “cara” meio insegura. Faltou consistência em todos os setores do esquema tático brasileiro.
Pode ser por falta de treinos? Pode. Mas vai do treinador montar sua equipe sob uma formação que amenize os possíveis problemas de falta de entrosamento, dando mais espaço para que o individualismo se sobressaia.
A dificuldade em compactar uma marcação surpreendeu quem esperava um time mais seguro defensivamente, seguindo as características de seu treinador. Os desarmes também foram escassos e, quando aconteceram, não propiciaram contra-ataques bem organizados.
Perceba que não estou comentando as individualidades do jogo. Apenas aquilo que acredito que Luiz Felipe poderia ter acertado taticamente já nesse primeiro contato.
Como nem tudo são espinhos, tivemos também coisas boas na partida, como por exemplo a consolidação de Oscar como um jogador bem mais competitivo, comparado à aquele que saiu do Inter, sem perder nada na parte técnica.
O "Bumbum Virado Pra Lua de Fred" também é outra coisa pra se destacar. Taticamente não contribui em nada, mas tá sempre deixando o dele.
Visto então que Felipão é um treinador como outro qualquer, não faz milagre e precisaria de um bom tempo e de muitos jogos pra deixar essa boa geração “redondinha”, fica a constatação.
Tempo nós não temos. Então esse time terá de (tentar) ganhar na marra.
Não era o ideal pra uma Seleção que sedia uma Copa depois de mais de 60 anos.
Mas é o que tem pra janta.