Após mais uma tristeza, na final do vôlei de praia masculino, é hora de reunir nossas últimas fontes de medalha nesses Jogos.
Importante lembrar que iremos bater o recorde histórico de 15 medalhas que conquistamos em Atlanta-96 e Pequim-2008.
Não poderemos dizer que foi nossa Olimpíada mais vencedora, pois não alcançaremos os cinco ouros de Atenas-2004 (aliás, bem que poderíamos).
Mas vai ser a edição que mais nos deu medalhas em toda a história. Isso não é pouca coisa.
Mas vamos lá, aonde ainda devemos concentrar nossas atenções nesses últimos três dias de Olimpíadas?
Atletismo - Ainda tem a maratona. Corremos bem por fora com Franck Caldeira e Marílson dos Santos. Mas é maratona, nunca se sabe. Ninguém esperava o desempenho do Vanderlei Cordeiro de Lima em Atenas e ele só não venceu por um motivo que usa saia e conhecemos bem. Pra todos os efeitos vou tentar acompanhar a prova no domingo de manhã. Vai saber.
Boxe - A família Falcão Florentino representou bonito e colocou os dois irmãos nas semis. Amanhã lutam pra tentarem uma vaga na final. Seria sensacional. No mínimo bronze já são, já que no boxe não há disputa de terceiro e os dois semifinalistas derrotados recebem medalha. Mas agora que já estamos aqui, vamos tentar algo mais né não?
Futebol - É meu povo, a molecada prometeu e chegou. Se pegou adversários fortes ou fracos é outra discussão (em 2000 o sub-23 de camarões com oito na linha, quase um society, eliminou a gente, então não é argumento). O fato é que estamos na final e somos favoritos no confronto contra o México. Que por sua vez vem desfalcado de Giovanni dos Santos, destaque do time mexicano no Jogos. Tudo está conspirando a favor. O ouro tá pedindo pra ser apanhado. É só fazer o que fez até agora. Sem correr risco. Se defende e deixa os gols acontecerem naturalmente lá na frente. Vamos ganhar dessa vez, por favor.
Pentatlo Moderno - No dia do encerramento nossa Yane Marques parte pra luta. E pra corrida. E pro tiro. E pra equitação. E pra natação. Ela foi prata no Pan de Guadalajara, mas em Olimpíadas o nível de disputa é outro, sabemos disso. O que não sabemos (ou pelo menos eu não sei) é o que esperar ao certo dessa disputa. Pelo o que pesquisei, nossa brazuca pode brigar pelas dez primeiras posições. Medalha já é mais difícil.
Saltos Ornamentais - Achou que não teríamos mais brasileiros (nem ninguém) nas piscinas britânicas né? Mas ainda falta Hugo Parisi disputar no trampolim de 10 metros individual uma medalha olímpica. Que não virá, infelizmente. Mas podemos pelo menos prestigiar um pouco o cara. Tomara que alcance o melhor desempenho possível pra que, pelo menos ele, fique satisfeito. Mesmo que fiquemos indiferentes.
Taekwondo - Diogo Silva já rodou e está #xingandomuito nos microfones. Mas Natália Falavigna ainda vai estrear. Com o objetivo de ao menos defender a medalha de bronze conquistada em Pequim, a paranaense enfrentará a coreana In Jong Lee, no sábado, em sua primeira luta. Aqui pode acontecer de tudo. Falavigna pode chegar nas medalhas, ficar pelo meio do caminho ou nem vencer na estreia. Se nossa atleta tem chance de pódio, por menor que ela seja, vale acompanhar.
Vôlei - Felizmente o vôlei de quadra vai calando meu pessimismo. Os cuecas tão se superando e ainda tão dando sorte. Os Estados Unidos tiveram um apagão inexplicável contra a Itália e levaram um acachapante 3x0. Bom pra nós que temos plenas condições de bater a azurra na semi e os russos na final. É só seguir no ritmo que estamos.
Força, foco e fé molecada.
Já as meninas... ah, as meninas. Além de lindas, são competentes. Tiveram momento de dificuldades na fase de grupos mas se levantaram. Nas quartas-de-final, contra as russas, um jogo daqueles pra ser lembrado pelos próximos 50 anos. Atropelamos as japas e agora o desafio maior, a final contra as americanas. Temos perdido com frequência pra elas nos últimos tempos.
Mas agora é final.
O Brasil inteiro estará assistindo e nossa força chegará até elas.
Vamos lá minhas princesas!
Tragam esse ouro pra gente.