quinta-feira, 25 de julho de 2013

Quando toda a paixão se justifica

Não precisamos repetir aqui o quão apaixonados somos por futebol. Desde sempre e até nos piores momentos.

Mas vamos combinar que quando a bola ajuda a gente a gostar ainda mais, facilita, não é verdade?

E nesses últimos tempos parece que ela decidiu se superar ano a ano. Como quem tenta "limpar a barra" conosco. Pagar todos os seus débitos e tirar o nome do SERASA.

E não satisfeito em quitar seus débitos, ainda tem deixado grandes histórias de troco.

Depois que virou o milênio, Palmeiras e Vasco viraram motivo de chacotas por em uma década terem vencido apenas um Estadual e uma Série B (ou seja, nada). Receberam nesta nova década uma Copa do Brasil para iniciarem um "renascimento".

Se o Santos tinha de conviver com provocações por ter Libertadores que já haviam "caducado", o Corinthians por sua vez era piada pronta e repetitiva por nem estas possuir. Por intermédio de Neymar e Tite, estas dívidas também foram pagas e renderam lindas histórias para o nosso futebol.

Ontem teve final de Libertadores.

E mais uma vez o final feliz pro personagem que sofria prevaleceu.

Precisa ser muito grande pra passar quatro décadas sem grandes títulos e continuar gigante.

O Atlético é, sempre foi e sempre será um dos principais clubes do Brasil.

Precisou esperar muito, esperar demasiadamente pela sua vez. Mas ela chegou.

Sobrou pro Atlético de Cuca quebrar a "Maldição do Melhor Líder".

Simbólico, não podemos negar.

Ambos marcados por "jogarem como nunca e perderem como sempre", deram as mãos e juntos conquistaram. Parece até coisa de filme. Personagens, enredo, reviravoltas, eminente vitória do "vilão".

Em todas as fases da competição o Galo empolgou. Seja pelo futebol bonito, como no grupo e nas oitavas, pela irresponsabilidade convertida em milagre, como nas quartas, ou pelo heroísmo das semis e da grande final.

De Victor a Tardelli, de Marcos Rocha a Bernard, de Pierre a Jô, de Leonardo Silva a Cuca, de Leandro Donizete a Réver, de Alexandre Kalil a Ronaldinho Gaúcho.

Do Horto ao Marrocos.

O melhor Atlético-MG de todos os tempos renovou a fé de toda a massa atleticana no futebol, no esporte e na vida.

Quem não é Galo ganhou mais uma grande história do futebol pra contar pros netos.

E o futebol brasileiro amanheceu ainda maior hoje.

Nenhum país tem nem nunca terá dez campeões continentais.

A galera das manifestações realmente estava certa.

Depois de um longo e intenso inverno de 42 anos, o gigante acordou.

Bom dia Galo. Seja bem vindo de volta.