E a molecada do sub-20 do Santos conquistou hoje o título da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Venceu o Goiás por 3x1 e levou a segunda taça da competição pra baixada santista.
O time fez um grande primeiro tempo, digno do time grande que se impõe sobre o pequeno, sabe? Marcou pressão, desarmou no ataque e fez os gols.
Caiu no erro, que às vezes até os veteranos caem, e voltaram pro segundo tempo achando que o 2x0 era definitivo. Tomaram um gol com dois minutos e cometeram um pênalti aos seis. O empate do Goiás poderia ter colocado tudo a perder. Mas a cobrança foi desperdiçada, o time acordou, fez mais um e conduziu com muita competência o jogo até seu final.
Como mais importante que o título são os frutos dele, deixo aqui um breve comentário sobre os meus destaques do Peixe na Copinha.
Começando pelo goleiro Gabriel Gasparotto. É um rapaz com alguma qualidade de reposição de bola e que se destaca nas cobranças de penalidades. Pegou muitos durante a competição e acertou o canto na final. A bola foi pra fora, mas ele acertou. Contudo o jogo não é só reposição de bola e pênaltis. E com a bola rolando ele falhou bastante. Em vários gols sofridos mostrou falta de reflexo e curto alcance.
Não tá pronto pra subir ainda.
A defesa do Santos na Copinha se mostrou muito insegura em alguns jogos. Jogadores como Wallace e Canavarros deram sustos constantes na torcida. O Emerson é fraco tecnicamente mas pode evoluir um pouco (eu disse um pouco). Talvez o Jubal seja o que de melhor apareceu por ali nesse ano. Pode valer uma tentativa durante o Paulistão.
Já o meio de campo santista, na minha opinião, foi o que deu o título. Nem tanto na volância, com Lucas ou Alisson, mas na criação. Um trio ofensivo se formou com Pedro Castro (bastante dinâmico), Léo Cittadini (boa visão de jogo e ótimos passes) e Leandrinho (o mais habilidoso dos três). Todos os três merecem chances no time principal durante o Paulistão e podem se tornar boas opções de banco, não deixando mais o Santos, na hora das substituições, como refém do Felipe Anderson.
Por fim, no ataque Neilton e Giva conseguiram “conversar” bem em campo. O lance do terceiro gol na final simboliza muito bem isso. Neilton vinha fazendo uma Copinha muito fraca, mas "escolheu" bem os jogos em que faria seus gols e foi destaque na reta final. Acho cedo pra apostar. Prefiro esperar que ele se destaque em mais uma competição da base. Já o Giva foi mais regular, jogou mais ou menos no mesmo nível desde o começo. Como o time principal está pobre de centroavante, não mataria ninguém colocar o moleque contra um União Barbarense da vida pra ver no que dá. Recebendo bola de Arouca, Montillo e Neymar, se tiver qualidade, vai fazer gols.
Torço pra que toda essa molecada tenha um grande futuro. Mas isso fica pro futuro. Hoje é dia desses caras, que fizeram oito jogos em vinte dias, comemorarem muito.
Existe um capítulo de glórias na história do Santos onde Pelé, Coutinho, Pepe, Pita, Juari, Serginho Chulapa, Robinho, Diego, Elano, Léo e Neymar nunca estarão.
Este é o capítulo do Gabriel, do Jubal, do Pedro Castro, do Léo Cittadini, do Leandrinho, do Neilton e do Giva.
O dos Campeões da Copa São Paulo de Futebol Junior.
Tá na história.
E de lá ninguém tira.
Parabéns meninos.