quarta-feira, 19 de setembro de 2012

E já começou daquele jeito

Que jogo ontem entre Real Madrid e Manchester City hein?

Esperava um bom espetáculo, tendo em vista os elencos envolvidos. 

Mas olha, não era pra tanto.

Nem sei dizer quantas vezes fui surpreendido. E olha que não assisti nem metade. Sou tão sortudo que comecei a assistir aos 20 minutos do segundo tempo.

E foi justamente na meia hora final que tudo aconteceu.

Primeiramente fui surpreendido quando, debaixo de uma enxurrada de finalizações madridistas, Dzeko abriu o placar num contra-ataque tirado da cartola por Tevez. Teve calma, tirou do Casillas e correu pro abraço.

Quando se esperava o desespero de um time que em vinte chutes não conseguiu marcar um gol, e no quinto do adversário levou, mais uma surpresa.

O lateral Marcelo tirou de uma cartola menor ainda um golaço por cobertura de perna direta (Marcelo, como 99,8% dos laterais esquerdos da via láctea, é canhoto).

Nesses momentos imagina-se que o time que já era melhor em campo termine de amassar seu adversário. Mas não no jogo das surpresas.

Numa despretensiosa falta lateral, Kolarov (Deus do Céu, gol do Kolarov) bateu, a zaga não cortou e ela morreu no fundo das redes de Casillas aos 40 minutos do segundo tempo.

Pronto, a tragédia espanhola estava consumada. Derrota em casa logo na estreia da Champions.

A crise está instaurada em Santiago Berna...

Ih, gol do Real.

Dois minutos bastaram para Benzema empatar novamente a partida.

Quando por fim pensei que o empate heroico ficava bom pra ambos, e a partir dali era esperar o jogo acabar, fomos surpreendidos novamente.

Cristiano Ronaldo bateu em diagonal da ponta esquerda da área.

Kompany se abaixou e Hart perdeu o tempo da bola.

Aos 44 minutos do segundo tempo o Real Madrid, não se sabe bem como, virava um jogo que por vezes pareceu completamente perdido.

Cristiano se jogou ao chão quase que sem acreditar.

Os jogadores do City também.

Mourinho comemorou ensandecido de joelhos dentro de campo.

Roberto Mancini não conseguia esconder a frustração.

A torcida explodiu como se fosse a final.

E a Champions League começou.

Daquele jeito.

Berenice, se segura.