terça-feira, 10 de julho de 2012

Entre outras quatro linhas #22 - Tênis

Meninos, ele conseguiu.

Num outro post que escrevi especialmente sobre ele aqui no blog duvidei dessa possibilidade, devido ao domínio de Nadal nos torneios de saibro e da grande forma de Djokovic em todas as outras quadras.

Mas ele conseguiu.

Deixá-lo como o segundo tenista com mais semanas no topo do ranking por causa de uma semaninha apenas era um grande pecado.

Agora tá resolvido.

O mito suíço do tênis, maior de todos os tempos em vitórias, finais e títulos de Grand Slams, é agora também o jogador com mais semanas de liderança na história da ATP.

E esse feito não poderia ter sido alcançado em lugar mais emblemático do que a grama sagrada de Wimbledon, na Inglaterra. E ainda por cima numa final contra um britânico, o escocês Andy Murray.

O mito está de volta ao topo.

E é sobre esse jogo histórico que falaremos agora.

Com vocês, a partida que consagrou Roger Federer como heptacampeão de Wimbledon e o maior líder do ranking de entradas da ATP em toda a história.

Bom começo de Murray e experiência de Federer pra empatar

O jogo começou com um tênis muito sólido de Murray. Impulsionado pela torcida da casa, o britânico conseguiu uma quebra e confirmou todos os seus serviços. Federer se mostrou inconsistente, deu espaço para a empolgação de Murray tomar conta da partida, e cometeu um alto, e raro, número de erros não-forçados. No final, 6x4 para Andy Murray e 1x0 no jogo.

No segundo set Federer mostrou força e não permitiu quebras de seu serviço durante todo o set. Contudo os poderosos saques de Murray não permitiam que o suíço alcançasse sua primeira quebra. Todo mundo foi confirmando saque e o set chegou à 6x5 pró-Federer. Murray sacava para levar o set ao tie break. E não segurou a pressão. Federer do alto de toda sua experiência, quando percebeu se dedicou apenas a devolver os ataques e deixar Murray se matar sozinho. Fim de set e Roger conseguia sua primeira quebra no melhor momento possível, 7x5.

Chuva e game histórico

Começa o terceiro set. E a chuva. O jogo é interrompido com 1x1 no placar e leva 40 minutos para recomeçar. Na volta, o jogo reservou o momento chave da conquista de Federer, o sexto game. O placar mostrava 3x2 para Federer e Murray estava no saque. O britânico abriu 40-0 e deixou Federer igualar. Ainda assim, na base do saque, Murray conseguiu seis (SEIS) break points. Todos salvos por Federer (que também teve três break points salvos por Murray). E neste game que durou incríveis 20 minutos, Federer consegiu a quebra decisiva do título. Depois disso sacou pra 5x2, levou o 5x3 e sacou pra fechar em 6x3 e marcar 2x1 no placar.

Aí veio o quarto set, com toda a pressão sobre o tenista britânico de 25 anos. Alguns escorregões do garoto mostraram o quão pesada era aquela missão para ele. No quinto game porém, veio o golpe fatal. Federer conseguiu mais uma quebra de saque e caminhou tranquilo para fechar o set em 6x4, e o jogo em 3 sets a 1 de virada.

Com o hepta, Federer se iguala a William Renshaw e Pete Sampras como um dos maiores vencedores da história do torneio.

E enquanto isso, no placar dos Grand Slams de 2012, tudo empatado.

Novak Djokovic venceu o Aberto da Austrália, Rafael Nadal venceu Roland Garros e Roger Federer conquistou Wimbledon.

O tira-teima já tem data e local pra acontecer.

O quarto e último Grand Slam do ano, o Aberto dos Estados Unidos, será disputado entre os dias 27 de agosto e 9 de setembro.

Nadal e Djoko fizeram as duas últimas finais, em 2010 e 2011, com uma vitória pra cada. Mas Federer é o segundo maior campeão da história da quadra dura americana com 5 títulos.

E no fim do ano ainda tem o World Tour Finals, competição que reúne os oito melhores colocados do ranking.

É a competição que dá a maior pontuação do ano com exceção dos Grand Slams, com 1500 pontos para o campeão (os Grand Slams dão 2000 pontos).

Só aí, em dezembro, depois destes últimos dois grandes torneios saberemos que é o maior tenista.

Do ano.

Porque da história a gente já sabe faz algum tempo.