Terminou o segundo Grand Slam do ano, o tradicional torneio de Roland Garros.
Neste ano havia a expectativa de uma marca histórica.
Novak Djokovic, se campeão, seria o primeiro tenista a vencer os quatro Grand Slams da ATP em sequência desde Rod Laver em 1969.
Após a final, um recorde realmente foi batido.
Mas não esse.
A lenda sueca, segundo maior tenista de todos os tempos, Bjorn Borg, já não é mais o maior de todos em Roland Garros.
Sua impressionante marca de seis títulos foi superada.
Dizem que um touro espanhol passou por cima.
Outros dizem que o saibro francês mais uma vez "falou" no mais fluente espanhol.
Mas eu só posso à vocês contar o que vi.
E eu vi chegarem às semifinais do torneio quatro dos seis melhores tenistas do mundo atualmente.
A semifinal mais interessante tinha o mito Roger Federer contra o gênio Novak Djokovic.
O saibro inegavelmente é o ponto fraco de Federer. Mesmo assim ele é o único tenista que interrompeu a sequência de títulos de Nadal na França.
Mas desta vez o “Calcanhar de Aquiles” resultou em grande vantagem para Djoko.
Com um 3 sets a 0 de respeito, o sérvio chegou com toda a moral possível atrás de sua marca pessoal de quatro Grand Slams consecutivos.
Na outra semifinal um atropelamento desmoralizante.
Juntando todos os games vencidos por David Ferrer nos três sets, não daria pra vencer um.
Com 6x2, 6x2 e 6x1 Rafael Nadal chegou novamente a final pra se tornar o maior vencedor de todos os tempos em Roland Garros.
Novak Djokovic x Rafael Nadal, na final "padrão" dos últimos anos.
Nos dois primeiros sets da final, Nadal mostrou toda sua força e acuou Djoko com 6x4 e 6x3.
No terceiro, um relaxamento natural seguido do último esforço do sérvio resultou numa bela vitória de Novak por 6x2.
Quarto set e emoção total em quadra.
Nadal sabia que não poderia permitir que Djokovic empatasse. Seria perigoso demais dar tanta brecha para o número 1 do mundo.
Já Novak sabia que o embalo da vitória no terceiro set teria de ser mantido pra que houvessem chances de reação.
Num set equilibradíssimo, os dois tenistas foram confirmando seus respectivos serviços até que Nadal conseguiu uma quebra sacou pra vitória com 6x5 no placar.
A pressão sobre Djoko foi tanta que o último ponto do jogo veio com uma dupla falta do sérvio.
Dizem que o bufar de um touro espanhol o desconcentrou.
Mas isso eu não vi.
Tudo o que vi faz referência apenas ao novo Rei da França.
Que se apresenta no país já há oito anos, tendo sido coroado em sete.
Incrível como Nadal tomou pra si as quadras de Roland Garros.
E como a França tomou pra si o maior tenista de saibro de todos os tempos.