terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Entre outras quatro linhas #6 - Tênis

E na Austrália, mais uma vez, Djoko.

Se o momento da carreira de Rafael Nadal pudesse ser comparado ao de algum jogador de futebol, seria ao de Cristiano Ronaldo.

São craques, jogadores de um nível superior.

Seriam melhores do mundo por anos consecutivos com facilidade.

Desde que não vivessem seus respectivos auges ao mesmo tempo em que um gênio do esporte em que compete.

Nadal também tem seu Messi. E seu nome é Novak Djokovic.

Guardadas as devidas proporções, obviamente.

Djoko não é tão genial no tênis quanto Messi é no futebol.

Mas é daqueles diferenciados, que também só aparecem de vez em quando.

E a decisão em Melbourne deixou isso claro.

Vamos então falar sobre essa que foi a final mais longa da história dos Grand Slams.

Todo adversário de Nadal sabe o que vai encontrar pela frente.

Um jogador muito bem treinado, de técnica mediana e muita força física.

O jogo de Nadal é um bolo de potência coberto por uma fina camada de habilidade. Isso não é segredo pra ninguém.

Por isso Nadal conseguiu 44 winners balls na final contra Djoko.

Também por isso teve 70 erros não forçados.

As vitórias de Nadal no 1º (7-5) e no 4º (7-6, 7-5 no tie break) set vieram na base da raça, da martelada.

As vitórias de Djoko no 2º (6-4) e no 3º (6-2) set vieram na base da habilidade, da nítida superioridade técnica.

O jogo foi interrompido no 4º set por causa da chuva e do tempo necessário para a cobertura da quadra ser fechada.

Normalmente, quando isso acontece um dos dois jogadores volta frio e desligado. Perde o ritmo e é derrotado rapidamente.

Mas nem a perda de aquecimento mudou a cara de um jogo que, naquele momento, se aproximava de cinco horas de duração.

Os dois voltaram batendo ainda mais forte e o set teve de ir para o tie break.

Vitória de Nadal e quinto set pra decidir o título.

No set decisivo, jogo equilibrado até Nadal conseguir uma quebra de saque no sexto game.

Que foi respondida no game seguinte por Djokovic.

Que voltou a quebrar o saque de Nadal no 11º game.

E sacou para o título no 12º.

7-5 Djokovic, tricampeão do Aberto da Austrália após seis horas de jogo.

Pra Nadal, fica mais um vice contra o sérvio para a coleção.

E a impressão de que não vai dar conquistar coisa melhor tão cedo.