“Ah, agora vai ter os
times da Libertadores. Ferrou”. “Acabou a moleza”. “Quem fica de fora da
Liberta, tá lascado. Não vai ganhar nunca mais”.
Toda a expectativa do público sobre a
edição deste ano estava em volta da entrada de Corinthians, Grêmio,
Atlético-MG, São Paulo, Palmeiras e Grêmio na fase de oitavas-de-final.
O campeão ou tava
entre os seis, ou entre Inter e Curzeiro. Não fugia disso, sentenciavam.
Até que surgiu uma
força diferenciada. E essa força levou a taça contra todas as
previsões.
Não, não é exatamente
do "time" do Flamengo (que de diferenciado não tem nada) que vou falar.
Esta do Flamengo
começou na covardia de Mano Menezes.
O badalado ex-técnico
da Seleção foi contratado a peso de ouro e a torcida entregou o time a ele como
o pai que entrega a filha ao aparente genro ideal.
Depois de pouco
tempo, esse pai descobre que o tal genro dos sonhos largou sua amada filha no
meio da rua, sem eira, beira, nem razões plausíveis.
Vocês podem imaginar os efeitos que isso pode proporcionar num pai. Imagine na maior torcida do mundo.
A partir dali o time
do Flamengo foi literalmente abraçado pelos seus.
Assim livraram o
Mengo do rebaixamento inédito.
E assim o colocaram
em outro patamar na Copa do Brasil.
Pra se ter uma ideia,
pense aí nos cinco melhores times do Brasileirão. Botafogo, Goiás, Grêmio,
Atlético-PR e o super Cruzeiro.
São supostamente os
melhores times do Brasil hoje, certo?
Pois com a exceção do
Grêmio, que caiu em outro chaveamento, o Flamengo passou por cima de todos.
Sempre desacreditado.
“Ah, não tem como
passar do Cruzeiro”. “Xi, vai apanhar do Botafogo do Seedorf”. “Vai perder pro
Goiás do Walter”. “Não vai aguentar o Atlético do P. Baier”. Um a um foram caindo.
Jogando sempre a
segunda partida no Maracanã contou com aquilo que mais falta aos seus
adversários (o Botafogo que o diga).
E ontem os torcedores
rubro-negros consolidaram o título DELES. É bom que se diga.
O Flamengo conseguiu
de novo minha gente.
Como já diria o
Tricolor das Laranjeiras na tradicional música de provocação aos vascaínos, “é
o destino”.