Ontem tivemos um novo
protesto dos jogadores em prol do movimento Bom Senso FC.
A “Noite dos Braços
Cuzados”, como tem sido chamada, foi notícia em todo o país e um caso
específico chamou ainda mais a atenção.
No jogo entre São
Paulo e Flamengo, em Itu, Alício Pena Júnior ameaçou dar cartões amarelos a
todos os jogadores que cruzassem os braços quando o jogo fosse iniciado.
A alternativa
encontrada foi incrível. Os dois times ficaram por quase um minuto mandando a
bola de um lado para o outro, sem disputa, enquanto o bobão lá fazia papel de
tonto correndo de um lado para o outro.
No entanto, apesar do
orgulho pela mobilização dos atletas, o caso específico de Alício nos deixa uma
séria preocupação.
Alício Pena Júnior
recebeu, pouco antes da partida
começar, orientação superior para punir quem cruzasse os braços no momento do apito inicial.
O que prova que a CBF
pode contatar qualquer juiz, antes de qualquer jogo e passar-lhe orientações
conforme achar conveniente.
Vocês percebem a
gravidade disso?
Quem me garante que
os árbitros não recebem outras orientações em outros jogos?
Quem me garante que
determinados critérios adotados nos jogos não foram impostos pela CBF via fone?
Quem intermédia essa
comunicação?
Muito mais do que
discutir a atitude de Alício, precisamos ir atrás de saber o que há por trás da
relação entre arbitragem e CBF.
Ontem, com essa
orientação esdrúxula, a Confederação fez de seu árbitro uma figura digna do
respectivo nome do meio.
O expôs na condição
de capanga para realizar seu trabalho sujo.