segunda-feira, 8 de julho de 2013

Entre outras quatro linhas #43 – Tênis

Olha, vou te falar, tá ficando difícil fazer piada no esporte nos últimos tempos, viu?

Já não dá mais pra tirar sarro do Corinthians na Libertadores. Das meninas do Vôlei. Do LeBron nos playoffs da NBA. E agora também não dá mais pra zuar o Andy Murray em Grand Slams.

O britânico quebrou uma escrita de quase OITO DÉCADAS e se sagrou campeão de Wimbledon neste último domingo ao bater Novak Djokovic com um sonoro 3 sets a 0.

Em alguns momentos da partida tivemos a impressão de que o Murray Amarelão ia voltar. Mas não rolou...

No primeiro set Murray já mostrou a vontade de quebrar a escrita abrindo um 40-0 no primeiro game de serviço de Djokovic. Quando faltava pouco pra quebra, o Murray de outros tempos ameaçou voltar e Djoko conseguiu empatar, virar e confirmar o serviço. Após uma quebra de saque pra cada lado, uma nova quebra conseguida por Murray num game que durou quase 10 minutos foi responsável pela vitória do britânico no primeiro set por 6-4.

No segundo set parecia que o número 1 do mundo iria “acordar” definitivamente no jogo. Principalmente após abrir 4-1 no set. Só que a partir daí a sorte, excepcionalmente na história do tênis, passou a soprar a favor de Andy Murray. Retrato fiel desse novo cenário foi o ponto que Murray conseguiu com a incrível ajuda da fita no sétimo game. E com mais duas quebras alcançadas Murray conseguiu fechar também o segundo set em 7-5.

Terceiro set e a chance de consagração de Andy. O rapaz já abriu os serviços com mais uma quebra de saque de Djoko e a confirmação do seu para abrir 2-0. Mas ainda existia um líder do ranking do outro lado. E o sérvio engatou uma sequência de duas confirmações e duas quebras pra virar para 4-2 no set. Quando pensou-se que Murray poderia tremer na crescente de Djoko, o britânico foi pra cima, aproveitou erros do sérvio, quebrou o serviço de Novak, confirmou o seu, quebrou mais um saque de seu adversário e sacou para o título no décimo game. Abriu 40-0 e aí pareceu não “querer” ou pior, não “conseguir” ser campeão. Viu o game ir para 40 iguais, teve de salvar três break points de Djoko e só aí, levou.

Existia uma brincadeira maldosa para com Murray entre os vizinhos de sua terra natal.

Sempre que vencia, Murray era considerado britânico. Quando perdia, era escocês.

Agora provavelmente ele conseguirá se firmar com uma única nacionalidade.

E nós agora riscamos o tênis da nossa lista de esportes com piadas prontas.

Ainda bem que sempre teremos o Felipe Massa na F1.