segunda-feira, 8 de abril de 2013

Entre outras quatro linhas #36 - Vôlei

Na manhã de domingo o Ibirapuera recebeu a nona final consecutiva entre Rio De Janeiro e Osasco.
Era a chance das paulistas diminuírem a vantagem carioca para um "5x4".

Estiveram muito próximas, mas não rolou. E as meninas do Rio agora aparecem com 6x3 nesta "quase década" de confrontos decisivos.

Não pude acompanhar o jogo ao vivo, por isso o blog traz a avaliação completa que o amigo Hamilton Trindade fez da partida.

Em casa, com 2 sets a 0, o Osasco desligou e conseguiu perder. Ou foi o Rio de Janeiro que estava desligado, acordou e conseguiu vencer?


Por Hamilton Trindade
Na manhã desse domingo o Unilever/Rio de Janeiro sagrou-se octacampeão da Superliga Feminina ao vencer o Sollys/Osasco por 3 x 2, parciais de 25 x 22, 25 x 19, 20 x 25, 15 x 25 e 09 x 15, no Ginásio do Ibirapuera, São Paulo.

O jogo começou nervoso, como muitos erros de ambas as partes, mas o Osasco mostrou toda a superioridade técnica fechando a primeira parcial. No segundo set da equipe da Grande São Paulo chegou a fazer 16 a 11, mas logo depois da parada técnica, o Rio encostou pressionando a equipe da atacante Jaqueline que suou para fechar a parcial.

A partir do terceiro set o Sollys/Osasco não conseguiu jogar. Capitaneado pela experiente Fofão, o Rio cresceu em quadra. As atacantes Nathália e Sarah Pavan decidiram a partida em ataques precisos deixando para trás todo o favoritismo das adversárias.

Nota de desempenho das jogadoras:

Unilever/Rio de Janeiro


Fofão (Nota 10) – Sensacional. Mesmo com dores e com o time tecnicamente inferior conseguiu a vitória. Defendeu e correu toda a quadra para concertar erros de passe. Mais um título para a já consagrada levantadora.

Nathália (Nota 9) – Ainda erra no passe, mas atacou e muito. Foi decisiva.

Gabi (Nota 8) – Fenômeno. No começo sentiu a responsabilidade, depois mostrou porque é a grande revelação da Superliga. Aos 18 anos tornou-se campeã jogando em um time de ponta.

Valeskinha (Nota 7) – Atacou bem quando o passe chegava na mão. Esteve abaixo do esperado no bloqueio e no passe.  

Jucyele (Nota 9) – Foi forte no bloqueio e no ataque quando necessário. Melhor bloqueadora do campeonato com todos os méritos possíveis.

Fabi (Nota 8) – Cresceu na hora certa e marcou bem os ataques de Sheyla e Fernanda Garay. Peca no passe, mas compensa na defesa.

Sarah Pavan (Nota 9) – Cresceu durante o campeonato e fez bonito da final. Virou bola de segurança da levantadora e não decepcionou.

Sollys/Osasco

Fabíola (Nota 3) – Nunca foi uma grande levantadora. Não soube usar Sheila, melhor atacante do mundo. Conseguiu tirar Fernanda Garay do jogo e ‘queimou’ Jaqueline. Além de forçar erros de Thaísa e Adenizia.

Jaqueline (Nota 8) – Fez seu papel no passe e na defesa. Fundo de quadra indiscutível. Virou bolas importantes. Só não rendeu mais no ataque porque foi ‘queimada’ pela levantadora.

Fernanda Garay (Nota 7) – Começou bem no ataque, depois perdeu a concentração e se irritou com os próprios erros. Pecou no passe e na defesa. Ficou devendo.

Thaisa (Nota 8) – Não bloqueou como deveria. Sofreu no ataque por não ter uma levantadora que passe confiança. Fez o que pôde.

Adenizia (Nota 7) – Não segurou as atacantes do Rio Quase não chegava inteira no bloqueio.

Camila Brait (Nota 7) – Não comprometeu, fez o que pode.

Sheila (Nota 6) – Não rendeu o esperado. Foi ofuscada por Sarah Pavan.