terça-feira, 16 de abril de 2013

Entre outras quatro linas #37 - Vôlei

"Aí sim, fomos surpreendidos novamente".

Pra quem, assim como eu, achava que o Cruzeiro ia "nadar de braçada" na final de domingo contra o Rio de Janeiro, a surpresa foi grande.

Ainda mais depois de um primeiro set de total domínio mineiro.

A equipe carioca, guiada por Lucão e por um ainda contestado Bruninho, virou de modo improvável um jogo que deveria ter sido bem mais difícil.

Assim como o apagão do Osasco no feminino, ficou difícil de entender o vôlei apresentado pelo Cruzeiro nos três sets derradeiros.

O que li de melhor sobre o jogo foi esse texto do Bruno Voloch, do UOL, que trago hoje pra vocês. Confiram, acessem o blog do Bruno também e claro, parabéns RJX pelo título incrível.


Decisão atípica consagra Lucão no RJ

por Bruno Voloch

Lucão resolveu e deu o título ao Rio de Janeiro. Após um início de jogo arrasador quando simplesmente atropelou o Rio, o Cruzeiro parou.

O saque e o ataque, que foram determinantes no primeiro set, deixaram de funcionar e Lucão apareceu para fazer a diferença.

O jogador Rio foi decisivo no bloqueio no segundo set e no saque na terceira parcial. Lucão mudou o astral do time carioca. Thiago Alves e Dante, sumidos até então, ganharam confiança. Até Théo, questionado com razão, desencantou.

Era o dia do Rio, não era dia de Marcelo Mendez.

O competente técnico do Cruzeiro fez escolhas erradas e se perdeu nas alterações. Tirou Leal inexplicavelmente do jogo e deixou Maurício tempo demais em quadra. Sanchez não rendia, enquanto Filipe apenas assistia do banco o Rio deitar e rolar em quadra. O Rio dominou, se aproveitou do desespero do Cruzeiro e abriu vantagem. Mais importante que a vantagem, foi a confiança conquistada.

O quarto set, já com o Cruzeiro entregue, foi um verdadeiro passeio carioca diante de um adversário perdido taticamente e derrotado emocionalmente.

O placar de 3 a 1 pode retratar algum equilíbrio, mas isso esteve longe de acontecer. As parciais foram atípicas e raras numa decisão de campeonato. Jogo frio e com pouca emoção.

Difícil falar em justiça, mas venceu o time de melhor campanha e que teve em Lucão o ponto de desequilíbrio.

Com o título, o Rio quebra um tabu de 32 anos sem conquistas e consagra Lucão como principal jogador brasileiro na atualidade.