quarta-feira, 6 de março de 2013

Where is the love?

É molecada, o namoro entre os fãs de futebol e o Barcelona vive sua primeira grande crise.

O futebol de toques constantes já é mais tão bonito, a posse de bola já não é mais tão eficiente, não ter centroavante já não parece tão genial... Todos aqueles papos dos “entendedores”, manjam?

Pois bem, vamos lá então, do começo.

O time é fraco? Não.

O esquema que joga é fraco? Também não.

Tem algum problema crônico aparente? Não (talvez a bola aérea se aproxime disso, mas não chega a ser crônico).

Então porque os caras começaram a tomar piaba com essa frequência?

Pela mesma razão que você depois de um certo tempo você começa a se irritar mais com seu trampo, com sua namorada, sua mãe.

Sim amigos, o bom e velho desgaste. O “Sistema Barcelonista” que virou sensação mundial nesta última virada de década se desgastou, tá manjado, previsível.
 
E assim como nos longos namoros e casamentos, precisa se reinventar.

É um ciclo natural. Uma equipe apresenta algo novo, se destaca, vence, conquista, se torna praticamente imbatível enquanto os outros tentam entender o que está acontecendo.

Aí o time que está vencendo se acomoda na posição enquanto todos trabalham na fórmula para vencê-lo. Às vezes demora, como foi com o São Paulo de Muricy. Às vezes não, como foi com o Santos de Dorival.

Mas todos têm o seu momento de “o time a ser batido”.

O Barcelona de Rijkaard teve seu tempo com Ronaldinho. Mas depois de 2006 decaiu.

Veio Josep Guardiola e criou esse “Barça Carrossel”.

Guardiola foi malaco. Aproveitou tudo que pôde até o momento em que o desempenho começasse a cair. Quando o motor catalão começou a arriar, "foi-se embrora para Goiânia", ou melhor, para Munique. Deixou pra Tito Villanova um esquema que ainda é ótimo pra vencer o Espanhol, mas não é mais tão competitivo para a Champions.

O Barcelona perdeu para o Celtic fase de grupos, para o Milan no jogo de ida das oitavas e está com um pé fora da Liga.

Mas ainda é cedo para cravar o fim dessa “era”.

Seguindo com essa filosofia, o Barcelona provavelmente não será mais “favorito disparado” nas próximas Champions.

Mas estará sempre no grupo dos postulantes ao título.

É uma decisão dos caras.

Continuar esse namoro com beijos burocráticos de “bom dia”, ou tentar fazer com que “sua parceira se apaixone novamente”.