A partir desta semana, e até a penúltima de agosto, só se falará de Olimpíadas por aqui. Durante os próximos dias inclusive teremos um pouco da preparação brasileira para as disputas desportivas de Londres.
Mas pra abrir conversa e começarmos a nos climatizar, um pouco de história.
O principal foco da mídia brasileira nesta edição das Olimpíadas será sem dúvida a busca de Neymar e sua trupe pelo inédito ouro do futebol.
Por isso decidi reunir aqui tudo o que eu já vi do Brasil em gramados olímpicos.
Só decepções, mas que podem nos ajudar a relembrar erros que não podem ser cometidos novamente.
Atlanta 1996 – O Brasil, Nwankwo Kanu e o golden goal
Então amigos, nasci em 1990, portanto não vi a prata de Romário e cia em Seul. O Brasil não se classificou pra Barcelona, em 92, mas eu também não teria conseguido assistir. Mas nos jogos de Atlanta sim, pude acompanhar a campanha brasileira até o bronze. Destaco abaixo o jogo fatal, na Geórgia, contra a Nigéria de Kanu. Que tinha marcado apenas um gol até aquele jogo. Não marcou na final. Mas contra nós...
Sidney 2000 – O Brasil, as expulsões camaronesas e o golden goal (de novo)
Em 2000, já acompanhava futebol com muita mais clareza. A ponto de saber até a convocação de Luxembrugo para os Jogos Olímpicos de Sidney. O grande craque daquele time pra mim era o Alex. Ronaldinho Gaúcho e Edu também eram destaques da equipe. Mas em campo só o que se viu foi um time sofrível. Precisamos virar um jogo contra a "poderosa" Eslováquia, vencemos por 1x0 a "copeira" seleção japonesa e perdemos pra eliminada (e nem por isso menos "forte") seleção sul-africana. Passamos de fase porque não tinha como mesmo. Mas o melhor (ou pior) estava por vir. Conseguimos a incrível proeza, o inacreditável feito, de perder no golden goal pra "campeoníssima" seleção olímpica camaronesa com oito jogadores de linha. Oito. Fomos eliminados praticamente pelo time de society dos caras. E eles nem sabem o que significa society.
Pequim 2008 – O Brasil, a nova “Geração de Ouro” e a Argentina
Tem coisa pior do que perder a Olímpiada do jeito que perdemos em 2000? Tem sim. Não conseguir nem a vaga pra de 2004. O fracasso do combinado Cruzeiro-Santos de 2004 nos fez pular uma edição dos Jogos e ir direto pra 2008. Dunga convocou os melhores nomes possíveis pra disputa. Mas teve Ronaldinho Gaúcho empurrado goela abaixo. Mesmo assim formou-se um baita time no papel. Renan, Rafinha, Breno, Alex Silva e Marcelo; Lucas Leiva, Hernanes, Anderson e Diego; Ronaldinho Gaúcho e Alexandre Pato. O banco tinha nomes como Thiago Silva, Thiago Neves, Rafael Sóbis e Ramires. Era considerada uma geração de ouro. Passamos pelo grupo invictos, 100% e sem levar gol. Nas quartas o fantasma camaronês estava de volta. Precisamos da prorrogação, mas vencemos. Aí chegou a semifinal contra a Argentina. Um time melhor que o nosso, pra começo de conversa. Principalmente do meio pra frente com Mascherano, Gago, Dí Maria, Riquelme, Agüero e Messi. Perdemos, mas pelo menos dessa vez foi pra alguém superior. Batemos a Bélgica e ganhamos um bronze muito justo.
E em 2012, qual vai ser?
Eu quero o ouro. Mas primeiro eu quero tchu. |
Será que a formação Rafael, Danilo, Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro, Rômulo e Oscar; Neymar, Leandro Damião e Hulk entrará pra história trazendo o único título que nos falta?
Pra quem viu o que eu vi até hoje, a campanha já começa com duas ótimas notícias.
A Argentina não conseguiu se classificar. E a regra do gol de ouro não existe mais.