domingo, 15 de janeiro de 2012

Começou! (?)

"Só começa depois que eu receber"
Então meu povo, estamos vivendo aquela semana de amistosos pré-estaduais.

Estes jogos (supostamente) têm a função de dar ritmo aos jogadores nesse início de ano.

Também servem (ou serviriam, se os jogos fossem bons) como um tira gosto, pra ir abrindo o apetite da torcida para toda uma temporada de futebol.

Neste fim de semana, duas pelejas eram as mais esperadas: Corinthians x Flamengo, Palmeiras x Ajax-HOL.

E eu resumo pra vocês como foi.

No primeiro, tivemos um jogo bem movimentado e com espaços.

Espaços que surgiam mais pela incompetência defensiva  de ambos (parcialmente justificada pela falta de ritmo) do que por qualquer outra coisa.

E com espaço para a individualidade, a qualidade corintiana se sobressaiu, principalmente nos seus dois melhores jogadores e autores dos gols, Alex e Liédson.

No segundo tempo, as duas equipes mudaram completamente.

E com os “bancos” em campo ficou nítido o ponto fraco da equipe paulista.

Os suplentes corintianos exibiram um péssimo futebol, mesmo contando com nomes conhecidos como Chicão e Jorge Henrique.

Nem mesmo Adriano foi capaz de melhorar as coisas para os alvinegros.

Aproveitando-se disso, os reservas do Flamengo tomaram conta do jogo, empataram com Botinelli e Negueba.

E quase viraram, aos 45, com o próprio Negueba, numa tentativa frustrada de cobertura em Danilo Fernandes.

Fim de jogo, 2x2, e as impressões que ficaram foram as seguintes:

O Corinthians tem um time muito forte. Os onze titulares o credenciam a qualquer título.

O problema vai ser quando precisar do número 12 pra frente.

O Flamengo continua um catado. São onze caras espalhados sem uma jogada treinada que dê certo.

Se realmente perder Thiago Neves, o caso fica mais crítico ainda.

Mas deve fazer boa campanha no Carioca e passar pelo Potosí na Pré-Libertadores.

Pois pra isso um catado já basta.

No Pacaembu, fomos surpreendidos novamente

O jogo do Palmeiras, no sábado, era cercado de pessimismo.

A confirmação do treinador Frank De Boer de que sua equipe entraria com força máxima fez muita gente achar que o Palmeiras não teria chance.

Mas o que se viu foi uma força máxima do Ajax equivalente a do Atlético-GO (em má fase).

E também um Palmeiras aguerrido, lutador e que tropeça na própria limitação técnica, exatamente com em todo o ano de 2011.

Eis que, quando todos os mais de 25 mil presentes ao Pacaembu já estavam conformados com um empate sem graça por 0x0, Pedro Carmona, aos 49 minutos do segundo tempo, num ótimo cruzamento de Luan, marcou o gol da vitória palmeirense.

A torcida, ao mesmo tempo em que comemorava a vitória suada, não conseguia fechar os olhos para a necessidade de reforços da equipe palestrina.

O presidente Arnaldo Tirone foi inspiração de vários cantos vindos da arquibancada.

O clássico “ô ô ô, queremos jogadô” também marcou presença.

Posso até estar errado (e os palmeirenses torcem pra isso), mas o cenário no Palmeiras é muito semelhante aos dos últimos anos.

E o roteiro “Boa campanha no Paulistão e eliminação para um dos rivais – Eliminações precoces na Copa do Brasil e Sul-Americana – Campanha medíocre no Brasileirão”, tem tudo para se repetir em 2012.

A não ser que atitudes sejam tomadas, posturas sejam modificadase, o principal, que alguns bons jogadores sejam contratados.

E é bom que seja já, enquanto a temporada apenas finge que começou.