Sei que já ouviu
bastante sobre os recordes batidos pelo alemão.
Mas vale a pena dar
uma olhada cuidadosa nos números alcançados por Vettel com apenas 26 anos de
idade.
Até porque (ao
contrário do que você pode ter escutado por aí) ele não corre contra um bando
de “zé manes”.
Sim, eu sei. Tem um
monte de gente aí dizendo que “ah, hoje em dia é mais fácil”, “antigamente era
no braço”, “hoje o carro vai sozinho” e blá, blá, blá...
Hoje em dia a
tecnologia é muito mais avançada (o que é óbvio partindo do principio que a
humanidade está avançando e não voltando no tempo). Muitas coisas ficaram mais
rápidas e funcionais e os pilotos não saem mais dos carros “mortos”.
O que não quer dizer
que as coisas ficaram fáceis.
Ou você acha que Juan
Manoel Fangio, na década de 50, era cobrado por perder um décimo de segundo em
cada volta.
Também não dá pra
dizer que o rapaz “corre contra ninguém” já que Fernando Alonso, Lewis
Hamilton, Kimmi Raikkonen e Jenson Button são campeões mundiais (isso sem falar
nas temporadas em que Schumacher ainda estava na ativa).
Pesquise quantos dos
mitos eternos da F1 tiveram de correr contra tantos campeões mundiais na mesma
temporada.
E aí recaímos sobre
os números de Vettel.
117 corridas. 36
vitórias (já é o quarto da história). 43 pole positions (já é o terceiro da
história). 59 pódios (já é o nono da história).
O mais jovem a testar
um F1 (2006, com 19 anos, 1 mês e 23 dias), a pontuar (2007, com 19 anos, 11
meses, 16 dias), a fazer pole (2008, com 21 anos, 2 meses e 2 dias), a ir ao
pódio (2008, com 21 anos, 2 meses e 3 dias), a vencer uma corrida (2008, com 21
anos, 2 meses e 3 dias), a ser vice mundial (2009, com 22 anos, 3 meses e 29
dias), a ser campeão (2010, com 23 anos, 4 meses e 11 dias), bi (2011, com 24
anos, 3 meses e 6 dias), tri (2012, com 25 anos, 4 meses e 22 dias) e
finalmente tetra (2013, com 26 anos, 3 meses e 24 dias).
É momento de deixar
um pouco o saudosismo de lado e começar a considerar a possibilidade de
estarmos assistindo o maior de todos os tempos em determinado esporte.
É difícil pros mais
jovens aceitarem isso pois cresceram sob a ideia de que só o que é antigo “foi
mágico”, e tentar superar é desrespeitoso.
Federer, Messi e
LeBron estão aí para provar que o terceiro milênio também pode produzir gênios
históricos.
Vettel parece se
encaixar nessa condição.
Seguindo neste ritmo,
só precisará “trabalhar” até os 32, 33 anos pra bater todos os recordes
possíveis da F1 (inclusive aqueles do Schumacher que “jamais seriam batidos”,
lebram?).
Tomara que Sebastian Vettel
encontre nestes próximos anos o seu “Cristiano Ronaldo”, seu “Rafael Nadal” ou
seu “Kevin Durant”.
O cara que vai tornar as disputas ainda mais interessantes.
O cara que vai tornar as disputas ainda mais interessantes.