Terminou ontem o último Grand Slam do ano, o US Open.
E como você já deve saber, Rafael Nadal venceu Novak
Djokovic e se sagrou bicampeão do torneio.
Mais do que o desempenho do espanhol nesta competição
especificamente, o título do US Open ratifica o retorno avassalador de um
fenômeno que permaneceu sobre profunda desconfiança durante todo o período de
recuperação.
Aqui no Brasil, alguns chegaram a comparar a “nova
condição” de Rafa até mesmo a de Guga.
Dez títulos depois e com a clara oportunidade de encerrar
o ano no topo do ranking (se vencer o ATP Finals), a coisa mudou um pouco de
figura.
Além da vitória técnica, Nadal deve ter comemorado principalmente
a vitória física. O “bichado” fez um jogo de grande equilíbrio, chegou inteiro ao
terceiro set, venceu, e no quarto set, tradicional destruidor de cansados,
atropelou o atual número 1 do mundo com um incontestável 6-1.
Nadal venceu Roland Garros neste ano.
Mas como isso ele sempre ganha, ninguém dá mais tanta
importância (como se isso fizesse sentido).
Venceu em São Paulo, Acapulco, Indian Wells, Barcelona,
Madrid, Roma, Montreal e Cincinnati.
Mas ninguém liga pra título de Master Series (o que
também tá totalmente errado).
Agora, o cara que “só vai bem no saibro”, venceu o Grand
Slam na quadra “mais dura” do calendário.
Particularmente, nunca poderei considerar Nadal mair que
Federer (como algumas Nadaletes mais fervorosas insistem em fazer).
Mas é inegável que se trata de um dos maiores tenistas da
história.
E nesse ponto fizeram bem em duvidar.
De fato não temos mais aquele Nadal.
O de agora é outro.