sábado, 16 de fevereiro de 2013

Entre outras quatro linhas #34 – NBA

A temporada regular da NBA já passou da metade e vai entrar na sua reta final. E nesses primeiros cinquenta e poucos jogos que cada equipe já fez, pudemos ver quem realmente vai lutar pelas finais e quem vai ficar pelo caminho.

Até o momento tivemos várias surpresas positivas em equipes de onde não se esperava muito (ou pelo menos eu não esperava muito).

E claro, não podemos deixar de falar na grande decepção da Liga até agora, o “dream team” dos Lakers.

Vamos então, resumidamente, falar dos destaques das Conferências Oeste e Leste da NBA.

Como de hábito por aqui, comecemos pelo Velho Oeste.

Hoje estariam se classificando aos playoffs San Antonio Spurs (42-12), Oklahoma City Thunder (39-14), Los Angeles Clippers (39-17), Memphis Grizzlies (33-18), Denver Nuggets (33-21), Golden State Warriors (30-22), Utah Jazz (30-24) e Houston Rockets (29-26), todos com boa vantagem para os que estão fora da zona dos playoffs.

Nos três primeiros temos de destacar a incrível temporada que estão fazendo Tony Parker (Spurs), Kevin Durant (Thunder) e Chris Paul (Clippers). Parker tá mais velho e mais eficiente, chega a ser difícil de explicar. Durant é um caso pra estudo, o cara chuta muito e mesmo assim acerta acima de 50% (com maravilhosos 43% na linha de três). E Paul tomou conta do Clippers com o basquete que já esperávamos dele desde o início, acertando quase tudo o que tenta.

Ainda na zona de classificação, o Grizzlies faz uma campanha muito consistente, principalmente fora de casa (quando comparado aos seus rivais pelo quarto lugar). E os Nuggets se seguram no topo graças a espetacular campanha em casa (jogou 25 e perdeu três). Uma pequena sequência de jogos fora tem dificultado a vida nos últimos dias e interrompeu uma grande sequência de vitórias com três derrotas consecutivas.

A primeira grande surpresa que aparece na classificação é o time dos Warriors. Um sistema defensivo muito bom acabou “dando liga” e colocando a equipe de Oakland entre as favoritas a uma vaga de playoff. O Jazz tem em Al Jefferson o pilar de sua boa campanha nesta temporada, e uma pequena melhora no desempenho como visitante deve ser suficiente pra garantir os playoffs. E fechando a zona de classificação, os Rockets de um James “Barba” Harden que, pelo jeito, estava tímido em Oklahoma. Agora em Houstou o rapaz explodiu e, mesmo com a dificuldade de receber “toda” a marcação (em Oklahoma dividi-la com Durant e Westbrook facilitava as coisas), o cara não tem se escondido.

As sete equipes que estão fora do G8 estão divididas em dois grupos. Os que têm pouca chance de classificação e os que já estão esperando a temporada acabar.

No primeiro grupo temos o Portland Trail Blazers (25-28), do bom armador Damian Lillard. O garoto não é nota dez em nada, mas é nota sete em quase tudo, o que faz dele um cara muito confiável (apesar de muito novo). 

Se a campanha como visitante não fosse tão ruim, os Blazers poderiam pensar em playoff.

Já o Los Angeles Lakers (25-29) é a maior decepção do basquete mundial nos últimos anos. Nash, Bryant, Howard, Gasol e nada de vitórias. Parecia impossível dar errado. Mas deu. Como tem material humano pra vencer muito, não podemos cravar a eliminação. Ainda. O que não diminui o vexame. O vice-campeão da temporada 2010-2011 Dallas Mavericks (23-29) fecha o grupo das poucas chances com um time que vence pouco em casa e perde muito fora. A combinação perfeita pro fracasso.

No grupo dos que já entregaram pra Deus está um frustrado Minnesota Timberwolves (19-31), que poderia ter ido mais longe se tivesse contado com jogadores pra colocar em quadra.Ricky Rubio, Kevin Love, JJ Barea, Brandon Roy, Chase Budinger, Nikola Pekovic, Malcoln Lee, Andrei Kirilenko e Dante Conningham tiveram problemas. E com quase dois times (!!!) de desfalques, foi-se embora o sonho de playoffs.

O New Orleans Hornets (19-34) segue viúva de Chris Paul e é a segunda equipe que menos venceu em casa em toda a NBA. O Sacramento Kings (19-35) é a segunda equipe que menos venceu fora de casa em toda a NBA. E na lanterna, outra viúva. O Phoenix Suns (17-36) se tornou um dos times mais lentos da Liga após a saída de Steve Nash, lutará apenas pra não ser o último da conferência e, mesmo nessa missão, deve fracassar.

Agora atravessemos os EUA pra falar do pessoal da Conferência Leste

Do lado de lá estão hoje na zona de playoffs Miami Heat (36-14), New York Knicks (32-18), Indiana Pacers (32-21), Brooklyn Nets (31-22), Chicago Bulls (30-22), Atlanta Hawks (29-22), Boston Celtics (28-24) e Milwaukee Bucks (26-25).

Lá no topo nenhuma surpresa. O Heat domina a conferência como era esperado. E LeBron James está monstruoso. Agora que aprendeu a chutar de três também, ficou praticamente “imarcável”. No segundo lugar uma boa notícia pro basquete, os Knicks voltaram a ser fortes. Jason Kidd está funcionando e Carmelo Anthony percebeu que, se dedicando de verdade, é um dos cinco melhores jogadores de basquete do mundo. Os Pacers por sua vez se valem da melhor defesa da NBA e do bom Paul George pra vencer seus jogos. O jogo dos caras é feio, duro de assistir. Mas estão em terceiro. Portanto...

Na sequência da tabela o Nets, vejam só vocês, têm sofrido com Deron Williams, mais um daqueles que promete muito e entrega pouco. Ainda bem que Brook Lopez está lá pra garantir a classificação aos playoffs. Os Bulls surpreendem a partir do momento em que sobrevivem aos (grandes) problemas que têm aparecido pela temporada. Mesmo quando sem Derrick Rose, conseguem jogar, com destaque para a muito boa temporada do ótimo Joakin Noah. O Hawks felizmente parece não ter sentido tanto assim a perda de Joe Johnson, estão bem assessorados por Jeff Teague, Josh Smith, Al Horford, e seguem firmes e fortes pra mais um playoff.

Ainda na zona de playoffs temos uma dupla que se beneficia da incompetência alheia. O Celtics é o visitante mais fraco no G8 e reza “dez terços” por dia pra que nada de mal aconteça com Paul Pierce. Não ocorrendo nenhuma tragédia, se classifica sem sustos. 

Já o Bucks faz aquela campanha que não conseguiria nada no Oeste, mas que abre vantagem no Leste. Se não fizer nenhuma (sequência de) cagada(s), vai pros playoffs também.

O primeiro pelotão fora do G8 deixou os hoje classificados escaparem, o que deixou a ida de um destes aos playoffs quase impossível. Ainda mais quando se observa o desempenho como visitante. No Leste, nenhuma equipe fora da zona de classificação conseguiu vencer ao menos oito jogos fora de casa. O Philadelphia 76ers (22-29) já esteve mais próximo do Bucks. Perdeu duas seguidas e desgarrou novamente. O Toronto Raptors (21-32)) e o Detroit Pistons (21-33) já estiveram mortos pra disputa. Graças a uma sequência de quatro vitórias (Raptors) e da ótima revelação Andre Drummond (Pistons), voltaram a sonhar (sonhar, não mais que isso).

Na galera que já está cumprindo tabela temos as eternas viúvas de LeBron James, Cleveland Cavaliers (16-37), que atualmente vive a maior sequência de derrotas entre as equipes do Leste; o pior visitante de toda a NBA, Washington Wizards (15-36), com apenas quatro vitórias em 26 partidas fora; e o Orlando Magic (15-37), ex-casa de Dwight Howard que também não superou a perda. Com estas campanhas, todos estes seriam lanternas no Oeste. E ainda em Washington, o brasileiro Anderson Varejão vinha fazendo a melhor temporada de sua vida. Até machucar o joelho e descobrir um coágulo no pulmão. É muita zica.

Ah sim, claro, não posso ir embora sem falar dela, a pior equipe de toda a NBA, o Charlotte Bobcats (12-40), do chefão Michael Jordan. Em cada quatro jogos os caras perdem três e mais um pedacinho do outro.

Sabíamos que não haveria muito o que se esperar da franquia nesta temporada, que seriam lançados valores pra darem resultados no futuro. Mas é sempre chato dar vexame né?

Ainda mais sob o olhar atento (?) da maior lenda do esporte.