domingo, 1 de abril de 2012

Entre outras quatro linhas #11 - Vôlei

Como prometido, hoje é a vez da Superliga Masculina aqui no blog.

Onde pelo menos tivemos surpresas, diferente do feminino.

Muita estrela consagrada vai assistir as semis no sofá de casa.

Enquanto alguns renegados mandarão seu "cala a boca" à Bernardo Rezende se saírem campeões.

Agora que temos os quatro postulantes ao título vamos ao que interessa.

Como cada um chegou até aqui e o que se pode esperar daqui pra frente.

Prepare o saque.

Comecemos pela melhor equipe da competição até então, o Cruzeiro. Primeiro é importante ressaltar o equilíbrio da fase de todos contra todos. Os três primeiros colocados terminaram com 47 pontos e o quarto com 46. Entre os líderes, nos critérios de desempate, o Cruzeiro levou a melhor. Cabia então aos mineiros enfrentar a equipe oitava colocada, o São Bernardo. Os 3 sets a 0 do primeiro jogo apontavam para uma classificação tranquila. Mas o que se viu no ABC paulista no último dia 23 foi uma equipe mandante que venderia caro a classificação. 3 sets a 1 São Bernardo e terceiro jogo provocado. Em Minas, a responsabilidade era toda do Cruzeiro. O São Bernardo cairia de pé de qualquer modo. Cruzeiro vence o primeiro set, São Bernanrdo vence o segundo. No terceiro um show, 36 a 34 para os paulistas. Não passava uma agulha no torcedor de Belo Horizonte. Mas o time pôs a cabeça no lugar, e liderados por suas duas estrelas, Wallace e Lukão, venceram o quarto set e o tie-break. Nas semis enfretará uma equipe que vem de um feito. Eliminar o badalado Florianópolis de Gustavo, Bruninho e Giba. O Cruzeiro precisará do seu melhor voleibol para não ficar pelo caminho nesse confronto de conterrâneos.

Sim, o adversário do Cruzeiro será o Minas, vejam só vocês. Nem viagem vai ter. O Minas terminou a primeira fase na quinta posição com 43 pontos. Consequentemente enfrentou o quarto colocado Florianópolis. Um time cheio de estrelas que não liderou o geral por acaso, diziam. A equipe catarinense venceu a primeira em casa por 3 sets a 2 com um sofrimento desnecessário. Perdeu em Minas por 3 a 2 num jogo em que os mineiros tiveram que suar sangue em cada set vencido (26-24, 25-20 e 18-16). Para o terceiro jogo a expectativa era de uma vitória mais convincente. E ela estava a caminho. 25-20 e 25-23 pro Floripa nos primeiros sets. Mais um set e fim de papo. Eis que surgiu Marcelinho. Que do alto de toda sua experiência comandou uma virada mágica. 25-19, 25-19 e 15-13. Marcelinho passou por cima de Bruninho como quem manda o recado para um certo alguém "continua convocando seu filho aí, continua". O Minas não foi respeitado pelo Florianópolis, se superou e passou por cima. Não deve encontrar a mesma ingenuidade no Cruzeiro. Com Marcelinho e Andre Nascimento inspirados, pode chegar.

Passemos agora ao outro confronto. Onde encontramos o time masculino do Vôlei Futuro. Tão bom e competitivo quanto o feminino. Com a diferença de que no masculino tem mais chances de ganhar. Ficou entre os líderes de 47 pontos na primeira fase, mas nos critérios, foi o terceiro. Pegou o Campinas nas quartas. Equipe coesa, equilibradinha e tal. Mas que quando joga contra um dos grandes depende de uma noite especial pra vencer. Bom, ela não aconteceu. 3x0 Volêi Futuro em Araçatuba, 3x1 Vôlei Futuro em Campinas. A equipe é de fato muito boa. Lorena, Mário Jr. e Camejo são regulares e ganham muitos jogos pra equipe de Araçatuba. Mas o ponto de desequilíbrio é mesmo o Ricardinho. O cara é f***. Maior levantador brasileiro desde Maurício. E que continua ignorado na seleção desde a birrinha do Bernardinho pela briga no Pan do Rio (velho, já faz cinco anos e o cara não supera). Bem, Ricardinho segue fazendo o que cabe à ele. Dá show e leva o Vôlei Futuro em chances reais de título. Seria a coroação de um trabalho muito bem feito. Mas antes, enfreta mais duas etapas. A primeira, nas semifinais, passa por um novato pra lá de abusado.

O adversário das semis será o estreante da Superliga, Rio de Janeiro. Dono de uma campanha que passou longe de chamar atenção na primeira fase, os cariocas terminaram em sétimo. Pras quartas, a missão era enfrentar o segundo colocado. Que no caso era o SESI, o time mais galáctico da Liga e tão badalado quanto o Florianópolis. Esse então só não foi líder geral por acaso realmente. Três sets perdidos a mais que o Cruzeiro em 22 jogos. 0,2 a menos no set average. Chegou nas quartas cheio de si pra enfrentar um ilustre desconhecido. Só o que se sabia era que a nova equipe tinha Dante, Lucão e Marlon. Um trio de respeito, mas não suficiente para fazer frente à Sidão, Murilo, Rodrigão e o melhor líbero da história do vôlei brasileiro, Serginho. Vitória certa dos paulistas certo? Errado. O Rio chegou com o pé na porta logo de cara e arrancou um 3x2 em São Paulo. A água bateu na bunda pro SESI. O jogo no Rio tinha clima de vida ou morte. E de fato foi. Outro 3x2 que definiu a vida do Rio de Janeiro e a morte do SESI na Suerliga 2011-12. Agora os cariocas terão um desafio ainda mais duro. Mas já mostraram que não é prudente duvidar da força desse novato.

Diferentemente da Superliga Osasco-Rio de Janeiro Feminina, é completamente impossível prever a final do masculino.

A tendência é de um Cruzeiro e Vôlei Futuro, mas dái se confirmar são outros 500.

As datas das semifinais ainda não estão definidas (acredite se quiser) e por isso não sabemos quando teremos os finalistas.

Mas, assim que soubermos, vale conferir estes confrontos.

Faça como os supercampeões Bruninho, Giba, Sidão, Murilo, Gustavo, Rodrigão e Serginho.

Coloque na agenda e assista as semifinais da Superliga de Vôlei Masculino!