Onde pelo menos tivemos surpresas, diferente do feminino.
Muita estrela consagrada vai assistir as semis no sofá de casa.
Enquanto alguns renegados mandarão seu "cala a boca" à Bernardo Rezende se saírem campeões.
Agora que temos os quatro postulantes ao título vamos ao que interessa.
Como cada um chegou até aqui e o que se pode esperar daqui pra frente.
Prepare o saque.
Comecemos pela melhor equipe da competição até então, o Cruzeiro. Primeiro é importante ressaltar o equilíbrio da fase de todos contra todos. Os três primeiros colocados terminaram com 47 pontos e o quarto com 46. Entre os líderes, nos critérios de desempate, o Cruzeiro levou a melhor. Cabia então aos mineiros enfrentar a equipe oitava colocada, o São Bernardo. Os 3 sets a 0 do primeiro jogo apontavam para uma classificação tranquila. Mas o que se viu no ABC paulista no último dia 23 foi uma equipe mandante que venderia caro a classificação. 3 sets a 1 São Bernardo e terceiro jogo provocado. Em Minas, a responsabilidade era toda do Cruzeiro. O São Bernardo cairia de pé de qualquer modo. Cruzeiro vence o primeiro set, São Bernanrdo vence o segundo. No terceiro um show, 36 a 34 para os paulistas. Não passava uma agulha no torcedor de Belo Horizonte. Mas o time pôs a cabeça no lugar, e liderados por suas duas estrelas, Wallace e Lukão, venceram o quarto set e o tie-break. Nas semis enfretará uma equipe que vem de um feito. Eliminar o badalado Florianópolis de Gustavo, Bruninho e Giba. O Cruzeiro precisará do seu melhor voleibol para não ficar pelo caminho nesse confronto de conterrâneos.
Sim, o adversário do Cruzeiro será o Minas, vejam só vocês. Nem viagem vai ter. O Minas terminou a primeira fase na quinta posição com 43 pontos. Consequentemente enfrentou o quarto colocado Florianópolis. Um time cheio de estrelas que não liderou o geral por acaso, diziam. A equipe catarinense venceu a primeira em casa por 3 sets a 2 com um sofrimento desnecessário. Perdeu em Minas por 3 a 2 num jogo em que os mineiros tiveram que suar sangue em cada set vencido (26-24, 25-20 e 18-16). Para o terceiro jogo a expectativa era de uma vitória mais convincente. E ela estava a caminho. 25-20 e 25-23 pro Floripa nos primeiros sets. Mais um set e fim de papo. Eis que surgiu Marcelinho. Que do alto de toda sua experiência comandou uma virada mágica. 25-19, 25-19 e 15-13. Marcelinho passou por cima de Bruninho como quem manda o recado para um certo alguém "continua convocando seu filho aí, continua". O Minas não foi respeitado pelo Florianópolis, se superou e passou por cima. Não deve encontrar a mesma ingenuidade no Cruzeiro. Com Marcelinho e Andre Nascimento inspirados, pode chegar.
Passemos agora ao outro confronto. Onde encontramos o time masculino do Vôlei Futuro. Tão bom e competitivo quanto o feminino. Com a diferença de que no masculino tem mais chances de ganhar. Ficou entre os líderes de 47 pontos na primeira fase, mas nos critérios, foi o terceiro. Pegou o Campinas nas quartas. Equipe coesa, equilibradinha e tal. Mas que quando joga contra um dos grandes depende de uma noite especial pra vencer. Bom, ela não aconteceu. 3x0 Volêi Futuro em Araçatuba, 3x1 Vôlei Futuro em Campinas. A equipe é de fato muito boa. Lorena, Mário Jr. e Camejo são regulares e ganham muitos jogos pra equipe de Araçatuba. Mas o ponto de desequilíbrio é mesmo o Ricardinho. O cara é f***. Maior levantador brasileiro desde Maurício. E que continua ignorado na seleção desde a birrinha do Bernardinho pela briga no Pan do Rio (velho, já faz cinco anos e o cara não supera). Bem, Ricardinho segue fazendo o que cabe à ele. Dá show e leva o Vôlei Futuro em chances reais de título. Seria a coroação de um trabalho muito bem feito. Mas antes, enfreta mais duas etapas. A primeira, nas semifinais, passa por um novato pra lá de abusado.
O adversário das semis será o estreante da Superliga, Rio de Janeiro. Dono de uma campanha que passou longe de chamar atenção na primeira fase, os cariocas terminaram em sétimo. Pras quartas, a missão era enfrentar o segundo colocado. Que no caso era o SESI, o time mais galáctico da Liga e tão badalado quanto o Florianópolis. Esse então só não foi líder geral por acaso realmente. Três sets perdidos a mais que o Cruzeiro em 22 jogos. 0,2 a menos no set average. Chegou nas quartas cheio de si pra enfrentar um ilustre desconhecido. Só o que se sabia era que a nova equipe tinha Dante, Lucão e Marlon. Um trio de respeito, mas não suficiente para fazer frente à Sidão, Murilo, Rodrigão e o melhor líbero da história do vôlei brasileiro, Serginho. Vitória certa dos paulistas certo? Errado. O Rio chegou com o pé na porta logo de cara e arrancou um 3x2 em São Paulo. A água bateu na bunda pro SESI. O jogo no Rio tinha clima de vida ou morte. E de fato foi. Outro 3x2 que definiu a vida do Rio de Janeiro e a morte do SESI na Suerliga 2011-12. Agora os cariocas terão um desafio ainda mais duro. Mas já mostraram que não é prudente duvidar da força desse novato.
Diferentemente da Superliga
A tendência é de um Cruzeiro e Vôlei Futuro, mas dái se confirmar são outros 500.
As datas das semifinais ainda não estão definidas (acredite se quiser) e por isso não sabemos quando teremos os finalistas.
Mas, assim que soubermos, vale conferir estes confrontos.
Faça como os supercampeões Bruninho, Giba, Sidão, Murilo, Gustavo, Rodrigão e Serginho.
Coloque na agenda e assista as semifinais da Superliga de Vôlei Masculino!