segunda-feira, 4 de junho de 2012

Entre outras quatro linhas #16 - NBA

Em meio as finais de conferência da NBA o blog fala um pouco sobre as disputas sensacionais que estão acontecendo.

Até agora cada série realizou quatro jogos, dois na casa de cada equipe. E os mandantes até o momento foram perfeitos.

No leste os Heatles prometem muito e cumprem pouco, melhor pro Celtics, embalado no grande momento de Rondo e Garnett, que tem chance real de vencer a conferência.

Enquanto isso no Oeste o equilíbrio é tamanho, que não dá pra saber até onde o mando a mais do Spurs será decisivo para a classificação.

Durante toda essa semana tem jogo. Hoje tem Spurs x City Thunder, no Texas, quarta-feira em Oklahoma e, se necessário, sexta-feira novamente no estado texano.

Amanhã tem Heat x Celtics em Miami, quinta-feira em Massachussets, e, se necessário, no sábado eles voltam pra Flórida pra decidir que vai às finais da NBA 2011-12.

As quatro equipes tem em comum um trio de grandes jogadores que conduzem a equipe até as vitórias.

Falemos agora então do momento de cada trio para que você possa apontar o seu favorito ao título.

No San Antonio Spurs, esse grupo é formado por Tony Parker, Tim Duncan e Manu Ginóbili. Envelhecidos, foram alvo de descrença durante toda a temporada. Responderam a todos na bola, com a liderança geral do Oeste na temporada regular e dois 4 x 0 nas quartas e semis dos playoffs, contra o Utah Jazz e o Los Angeles Clippers. Como tanto no Oeste como no Leste não tivemos zebras (considerando-se que o Chicago Bulls perder sem Derrick Rose não é zebra), a final foi a que todos esperavam, San Antonio Spurs x Oklahoma City Thunder. E mais uma vez se ouviu coisas sobre como os “vovôs” do Texas segurariam o rápido e juvenil time de Oklahoma. As duas primeiras vitórias em casa e modo como vendeu caro as derrotas fora mudaram o pensamento destes últimos teimosos, que agora mudaram também de opinião, e apontam a experiência (vejam só vocês, agora o nome não é mais velhice, mudou pra experiência) como um fator decisivo para os Spurs nestes últimos jogos.

Seu adversário, o Oklahoma City Thunder, é a sensação da NBA, tem o cestinha da temporada, que aliás lidera o trio base do Thunder formado pelo próprio Kevin Durant, Russel Westbrook e Serge Ibaka. Ibaka inclusive tem se destacado muito nos últimos jogos com uma média de tocos incrível. O time é muito forte e compacto. Ofensivamente, apenas Durant é diferenciado. Mas com o suporte de um grupo que, entre as quartas e semis, só permitiu que seu adversário chegasse a contagem centenária uma vez (e mesmo assim em uma vitória, em Los Angeles contra os Lakers, por 103 x 100), Durant tem a possibilidade de decidir seguidos jogos para a equipe treinada por Scott Brooks. O time ainda aposta em um desgaste excessivo dos Spurs nesta reta final para conseguir uma vitória no Texas.

Pelo lado Leste temos mais uma vez na final o estrelado Miami Heat, comandado Por Dwyane Wade, Chris Bosh (contundido e fora dos últimos jogos) e claro, o MVP da temporada, LeBron James. A equipe ficou em segundo lugar no geral, atrás do Chicago Bulls, passou com notável facilidade pelo Ney York Knicks de Carmelo Anthony (4 x 1 na série), e viveu um surpreendente sofrimento contra o modesto e muito esforçado Indiana Pacers, destacando-se a derrota em plena American Airlines Arena, na Flórida. A equipe viu ontem sua série  ser empatada no Boston Garden. No jogo, ficou a sensação de que LeBron fugiu da responsabilidade do último arremesso, que desempataria o jogo, evitaria a prorrogação e colocaria o Miami com 3 x 1 na série ainda com dois jogos (se necessário) por fazer em casa. Bom, ele não chutou e o Heat perdeu, isso não dá pra mudar mais. Além de bons jogos de LeBron, é incrível o quão é importante uma boa partida de Dwyane Wade para que o Miami vença, ainda mais sem Bosh no time. Quando o ala-armador vai mal, invariavelmente o time afunda junto. Nos próximos jogos a pressão é bem maior sobre o Heat do que sobre os Celtics. Mais do que nunca um grande momento de Wade será inprescindível, já que sabemos como LeBron se sai sob pressão.

Já o Boston Celtics tá na dele, com o benefício concedido a todos os adversários do Miami, joga sem a obrigação de vencer nenhum jogo. Claro que deseja e luta pra vencer as partidas, mas quando perde, não leva pedrada de ninguém. E nessa pegada o Boston vendeu caro uma derrota por 115 x 111 na Flórida e venceu suas duas primeiras partidas em casa. O Celtics ainda tem a vantagem de contar com um trio de estrelas (formado por Rajon Rondo, Paul Pierce e Kevin Garnett) reforçado por Ray Allen que, se com 36 anos não rende mais como em outros tempos (o que é óbvio aliás), ainda ajuda bem a equipe a distribuir melhor seus pontos. O time tem condições sim de superar os astros de Miami e isso ficou provado nos jogos em Massachussets. Mas pra trazer uma vitória fora de casa terá de se superar. Como ressaltado mais acima, é muito importante pra isso evitar que Wade jogue seu melhor basquete. Só que vir aqui e escrever que eles tem que parar o cara é fácil...