sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Entre outras quatro linhas #7 - NBA

E hoje é a vez da NBA voltar a dar as caras por aqui.

A temporada regular está quase na metade e precisamos nos atualizar quanto ao andar da carruagem.

No Oeste, o pessoal, que até pouco tempo brigava pelo oitavo lugar, hoje luta pela quarta, quinta posição.

No Leste, a tabela mexeu pouco, mas também tem destaques, como a recuperação dos Celtics.

Mas nenhuma mudança na classificação chamou mais a atenção que o surgimento de uma nova sensação na Liga.

Então vamos ao que interessa.  


Como de costume, começando pelo Oeste.

Onde o Oklahoma City Thunder (22-7) segue soberano na liderança. A equipe de Kevin Durant vem se valendo da regularidade e não encontra adversários a altura em sua conferência. Em segundo os intermináveis San Antonio Spurs (21-9) mostram força e devem dar mais trabalho do que se chegou a pensar.

Ainda no grupo dos oito temos o agora bem mais empolgante Los Angeles Clippers (19-9), o aparentemente recuperado Dallas Mavericks (19-11), o claudicante Los Angeles Lakers (17-12), os ajeitados Houston Rockets (17-13) e Denver Nuggets (17-13), além do sempre competitivo Memphis Grizzlies (16-14).

Os Clippers parecem conseguir aos poucos extrair o melhor da parceria Griffin-Paul, além do prazer de estar a frente dos Lakers. Os Mavericks buscam pouco a pouco mostrar um basquete mais consistente. Sabem que a chance de brigarem pela taça é mínima, praticamente zero, mas não podem aceitar protagonizar um vexame na temporada de defesa de título.

Os Lakers vem sofrendo maus bocados. Quando Braynt não consegue mais de 40 pontos, as vitórias são excessivamente difíceis. Enquanto Rockets, Nuggets e Grizzlies aparentemente chegaram ao patamar que queriam. Resta saber se terão força pra se segurar.

Brigando pela oitava vaga temos o Portland Trail Blazers (16-15), o Utah Jazz (15-15) e o surpreendente Minnesota Timberwolves (14-16). Estão em igualdade de condições perante aos três últimos do G8. Os Blazers vez ou outra entram e saem da zona de classificação. O Jazz é o primeiro cavalo paraguaio do Oeste. No meu último post estavam em segundo e eu perguntava se teriam força pra manter o fôlego. Desde então jogaram 17 partidas. Perderam 11.

Já os Twolves, carregados pela dupla Love-Rubio, se permitem sonhar com uma vaga de playoff. Continua um time mal chutador, mas o entrosamento e as por vezes mágicas assistências de Ricky Rubio, estão dando aquela força que todo time fraco precisa. Vamos aguardar e ver no que vai dar.

Na rabeira do Velho Oeste, Golden State Warriors (11-15), Phoenix Suns (12-18), Sacramento Kings (10-19) e o fraquíssimo New Orleans Hornets (6-23). Os Warriors estiveram um bom tempo junto aos Twolves, até que ambos se depararam com a questão: "Vai tentar ou vai largar?". Os Twolves estão tentando. Os Warriors estão largando. Muito provavelmente, não por opção própria, mas sim por limitação técnica mesmo.

Suns e Kings são igualmente fracos. A pequena vantagem do Suns se deve a Steve Nash, que já chegou a ter participação (marcar ou dar assistência) em 70 pontos do time na mesma partida.

Um absurdo, time de um cara só não rola. Aos Kings, que não têm nem mesmo um Nash pra chamar de seu, resta se contentar em não ser o pior da conferência.

Por que essa honra cabe aos Hornets. O "Efeito Cavaliers" bateu forte de verdade em New Orleans e a perda de Chris Paul ainda vai demorar muito pra ser superada.

Hora de pegar a estrada, atravessar os EUA e falar do Leste.

Onde (por enquanto) o Chicago Bulls (25-7) ainda manda. A equipe de "Timbodeau, o Terrível" caminha sem problemas para os playoffs. Mas não consegue esconder a preocupação com quem vem no retrovisor.

Sim, o Miami Heat (23-7) chegou. Perdeu três das últimas dezessete, joga bonito e mostra porque é favorito ao título mais uma vez.

Na sequência, equipes regulares (em todos os sentidos) mostram força. Philadelphia 76ers (20-10), Atlanta Hawks (19-11), Orlando Magic (19-11) e Indiana Pacers (18-12) formam um tipo de "zona de segurança", com times que não brigam pelas duas primeiras posições e também não querem correr risco de ficar fora dos playoffs.

Devem alcançar sucesso na missão.

Na sequência, nos deparamos com uma novidade que chega com sentimento de alívio. O Boston Celtics (15-14) se recuperou (?) e aparece em melhores condições para ir aos playoffs. Muito disso se deve à volta do bom basquete do trio Kevin Garnett, Paul Pierce e Rajon Rondo. Enfim acordaram e decidiram jogar um pouco. O povo de Massachusetts agradece.

Voltando a classificação, vemos o New York Knicks (15-15) fechando o G8. Tiveram um período muito difícil, com 11 derrotas em 13 jogos, e viam a vaga escapando a cada dia. Até que Mike D'Antoni foi obrigado a olhar pro banco num jogo contra o New Jersey Nets. E então surgiu a nova sensação do basquete americano, Jeremy Lin.

Com 25 pontos e sete assistências contra os Nets, 28-8 contra o Jazz, 23-10 contra os Wizards e incríveis 38-7 contra os Lakers nas quatro vitórias consecutivas dos Knicks, Lin virou febre. Pra NBA, que já estava louca por um novo asiático ou descendente de sucesso por questões mercadológicas, foi um presente. Vários apelidos já são comentados, entre eles Yellow Mamba (Deus do Céu!!!!) em referência ao famigerado Black Mamba de Kobe Bryant.

Mas o que importa é que o moleque parece ser realmente bom, tem uma bela história de perseverança pra contar e pode trilhar uma bela carreira na Liga. Com a volta de Carmelo Anthony, Amare Stoudamire e Baron Davis, deve perder espaço. Mas aí é outro problema. O principal ele já fez, mostrou talento e deixou uma primeira ótima impreessão.

Ainda sonhando com uma vaga de playoff temos o Milwaukee Bucks (12-17) e o Cleveland Cavaliers (11-16). Brandon Jannings não dá conta de conduzir os Buck a vitórias consecutivas. E os Cavs tem como destaque o limitado (sem pachequismo galera) Anderson Varejão. É difícil acreditar que um deles chegue, pois são muito irregulares. Precisariam de uma queda de rendimento muito grande de alguém que está na zona de classificação atualmente, de preferência Celtics ou Knicks, que vivem uma crescente no momento. Daí a dificuldade.

Na rabeira do Leste, os de sempre. Detroit Pistons (9-22), Toronto Raptors (9-22),  New Jersey Nets (8-23), Washington Wizards (7-23) e o Charlotte Bobcats (3-26), pior time da Liga, que perdeu suas últimas 16 partidas.

Um time que tem como melhor jogador um de seus donos não tem como fazer coisa melhor mesmo.

Mas Pistons, Raptors, Nets, Wizards e Bobcats têm uma coisa em comum.

O alívio pela temporada 2011-12 ser mais curta.